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9 de dez. de 2010

Cortar o Cafezinho como medida de economia. Vale a pena?

Escrito por Aristides Girardi


Este tema é polêmico, apaixonante e atual. Alguns gestores usam o símbolo do corte do cafézinho para desfraldar a bandeira do corte nos gastos administrativos e buscar reverter o resultado do balanço no final do mes. Há casos em que os gestores até conseguiram alcançar um certo resultado imediato, mas no longo prazo, a política se mostrou ineficiente.

Tirar o cafézinho, onde o hábito já está instalado, com o discurso de cortar gastos simplesmente, pode ter resultado totalmente nulo, além de estimular o surgimento de uma série de sentimentos negativos no ambiente, como por exemplo sensação de perda, imposição de autoridade, não valorização de um ambiente com qualidade, entre outros. Como diria o filósofo, cortar o cafezinho é como dar um "tiro" no próprio pé, e o pior ainda é quando o "tiro" sai pela culatra.

Veja no vídeo a seguir o bate-papo interessante que tive com a jornalista da TV Record Kelley Ambrósio sobre o assunto:




Sou contra cortar o cafezinho para reduzir gastos, este é um argumento que naufrága diante de outras mazelas administrativas praticadas na grande maioria das empresas e que não trazem um benefício correspondente ao benefício do cafézinho que queiramos ou não, mexe com a auto estima do bebedor de cafezinho.

Sou a favor do corte de horas extras nas empresas, algumas não imaginam o mal que estão fazendo para os seus funcionários, não calculam o custo absurdo das horas extras na folha de pagamento, e ainda não avaliam o "estrago" que uma equipe trabalhando no limite pode fazer com os resultados de balanço de uma empresa.

É cultural tomar cafézinho no Brasil e em muitos outros países do mundo. Existe ainda uma estratégia já praticada por muitas empresas onde o consumo de café é muito alto em virtude do grande número de funcionários, onde o cafézinho é subsidiado pelo funcionário e as opções são mais variadas e a qualidade e a higiêne acima da média.

Se você é contra ou a favor do corte do cafézinho para reduzir os gastos nas empresas, se manifeste.

Leia este e outros textos de Aristides no blog http://falecomoheadhunter.blogspot.com/

Aristides Girardi é CEO da Starhunter  e membro do grupo Executivos Brasil.

Um comentário:

  1. O cafezinho também é um local propício para que possam ser dados feedbacks de uma maneira menos formal. Neste momento a pessoa está mais relaxada e recebe o feeedback de forma mais aberta. A economia em termos financeiros não consegue medir o poder de um realinhamento no momento de café.

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