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7 de set. de 2010

O novo perfil do executivo na retomada.

Publicado por Revista Applaus



O perfil do executivo que irá dar as cartas no mercado brasileiro será, a partir de agora, fortemente influenciado não só por uma ênfase ainda maior na sua capacidade de liderança e de articulação. Muito importante serão as habilidades em saber se comunicar, antever cenários e decidir estrategicamente. Bem como exercitar qualidades como ser flexível e se adaptar rapidamente às mudanças de mercado, de forma a superar os novos desafios impostos pela economia mundial ainda conturbada, avalia Axel Werner, sócio-diretor da Kienbaum, empresa especializada em recrutamento de executivos, consultoria e gestão de recursos humanos.
As exigências também mudaram para os profissionais que irão assumir cargos de comando nas empresas com a retomada do crescimento. Durante a fase mais aguda da crise a capacidade de gerar resultados e promover mudanças imediatas para enfrentar a retração tornou-se essencial. Agora, aquele que estiver na linha sucessória para assumir posto de comando precisa demonstrar conhecer as necessidades de reposicionamento da empresa no contexto mundial. E, ao mesmo tempo, procurar otimizar a sua atuação para aproveitar as novas oportunidades criadas pelo aquecimento do mercado brasileiro. Para conseguir estes objetivos muitas empresas irão investir mais no desenvolvimento gerencial, contratar serviços especializados de coaching ou treinamento para suprir as necessidades de desenvolvimento e de sucessão. Os profissionais precisam estar prontos para assumir novos e maiores desafios, e muitos deles ainda precisam investir mais em suas competências de gestão e liderança, assinala Axel.

O que as empresas querem dos executivos a partir de agora? Quais atributos passaram a ser exigidos no pós-crise? 

Axel Werner - Não basta apenas ter dinamismo, flexibilidade, criatividade, capacidade inovadora e resistir às pressões. Entre as novas exigências estão saber planejar o futuro em um cenário de economia mundial ainda conturbado. Terão ainda que repensar as estratégias passadas e desenvolver novos cenários; descobrir os novos paradigmas do mercado mundial, e implantar modelos que contemplem a nova realidade, para ampliar a competitividade de suas empresas no âmbito nacional/internacional.
Será necessário se posicionar no relacionamento com os novos parceiros e competidores em decorrência das fusões e aquisições e consolidação de empresas em diversos setores. A proatividade será ainda mais importante, buscar agilidade nas decisões e não ficar à espera das decisões geralmente tomadas pela matriz.
Com os novos desafios criados pela retomada econômica cresce ainda mais a necessidade de as empresas aperfeiçoarem seus planos de carreira e de sucessão. Eles devem considerar ao máximo a visão de todas as etapas cruciais do negócio (área financeira, desenvolvimento de produtos, marketing e vendas). Incentivar competências diferenciadas na liderança e para administrar remédios amargos, como redução de custos, sem afetar a motivação do pessoal e administração dos processos de internacionalização de empresas.

Quais fatores pesam mais nas contratações a partir de agora? 

Axel Werner - As empresas buscam profissionais que entendam do negócio em todas suas novas dimensões.  Não basta apenas ser um ótimo engenheiro para ocupar um cargo na área de produção. As empresas passaram a olhar para outras habilidades, como capacidade de se comunicar, buscar e trocar opiniões com os profissionais de vendas, suprimentos, compras, logística, financeiro e marketing, antes de decidir o que fazer e como fazer. Ou seja, o gerente e diretor de produção precisam ter conhecimentos das outras áreas e dividir responsabilidades para reduzir a possibilidade de erros.
Outra modificação em curso. Agora as empresas querem executivos que pratiquem resultados sustentáveis. Não apenas comprometidos com volumes, mas com a rentabilidade e também com os aspectos sociais do negócio. Foi-se o tempo em que no processo seletivo pesava mais o conhecimento e experiência. Atualmente mapeamos especialmente a capacidade do executivo de saber lidar com pessoas, comunicar-se com as demais áreas, tomar decisões colegiadas, liderar grupos. Não há espaço para erros nas decisões.  E as variáveis tornaram-se mais complexas.
Observe que durante a primeira fase da crise principalmente os cargos operacionais foram suprimidos. Já a partir da segunda metade de 2009 as empresas se concentraram nos processos de reestruturação organizacional visando prepará-las para a nova realidade de mercado. Nesta fase surgem mudanças nos níveis hierárquicos e uma adequação das posições executivas, que inclusive ainda está em andamento fora do Brasil. Cortar gente sempre costuma ser traumático para a organização, além de reduzir o potencial de crescimento futuro.

Como será 2010 para o mercado de executivos?

Axel Werner - O mercado para executivos deverá se aquecer em 2010. Estamos otimistas.  Em decorrência do crescimento previsto, muitas empresas irão investir mais na expansão e contratar executivos para as novas posições. Acreditamos que haverá maior demanda também para os serviços de avaliação ou competence - check. Nos últimos 3 anos recrutamos, avaliamos e desenvolvemos centenas de profissionais em diversos segmentos. Também acredito no crescimento do coaching, uma vez que as empresas voltaram a investir em seus projetos de desenvolvimento de pessoas, o que significa novas contratações ou promoções de profissionais qualificados. Normalmente, a demanda por esse tipo de trabalho – ter profissionais preparados para assumir postos de comando -  dá-se em conjunto com os planos de desenvolvimento gerencial quando as empresas precisam de maior agilidade na busca de suas metas estratégicas e ampliar sua competitividade.
Existe ainda demanda por executivos gerada pelo aumento do investimento em modernização do parque industrial. As empresas buscam adotar as melhores práticas na área do capital humano  para garantir a competitividade mediante modernos controles financeiros, qualidade de produto, marketing e melhoria nos processos.

Quais setores demandam mais executivos?

Axel Werner - Em 2009 diversos setores industriais como bens de investimento, metal-mecânico e, em parte, o de autopeças, siderurgia e mineração tiveram forte retração na contratação de executivos, em especial as empresas multinacionais. Em 2010 haverá uma expansão programada das estruturas organizacionais seguindo às necessidades da economia. Alguns segmentos continuarão dinâmicos na contratação de executivos como o comércio varejista, alimentos, bebidas, materiais de limpeza e cosméticos.

Na Alemanha a Kienbaum é líder de mercado. E no Brasil?

Axel Werner - Hoje estamos entre as cinco maiores do Brasil nas áreas de recrutamento de altos executivos e consultoria de capital humano e somos respeitados em gestão estratégica de recursos humanos. A Kienbaum é a única consultoria no Brasil que integra os serviços de Executive Search com o know-how de uma Consultoria de Gestão de Negócios e Recursos Humanos. Além da linha tradicional de negócio, o Executive Search, temos também notáveis produtos como Assessment, Coaching, Sucession Planning, Leadership Development, Human Resources Strategy, Performance Management, Corporate Governance, dentre outros. Possuímos 50 colaboradores e consultores treinados e comprometidos com os valores de Conhecimento, Relacionamento e Confiança. Os partners são consultores seniores, com no mínimo 15 anos de experiência empresarial e excelente network em seus setores de especialização. 

Revista Applaus - Clube Transatlântico - Jan/Fev/Mar - 2010
http://www.clubtransatlantico.com.br/marketing/receba_revista.asp

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